Mais do mesmo

Sábado de aleluia! Já falamos de carnaval aqui, mas sempre acaba aparecendo mais material supimpa. Vi no Não Salvo "como explicar Carnaval para um gringo"


E pra quem quer continuar na baixaria, link pras 30 imagens que você não precisava ter visto no carnaval 2013

Bolsa Novela

Como diria o sábio macaco Simão: Este é o país da piada pronta. Sim, caros pagadores de impostos, nosso rico governo lançará a ação populista chamada "Bolsa Novela". Basicamente o governo vai pegar dinheiro nosso para financiar a compra de aparelhos de tv para famílias de baixa renda (que se estão em tal situação de risco deveriam ser mais amparadas com alimentação, saúde, educação e principalmente geração de emprego).

"Nos estratos sociais em que não houver condições de compra, a saída pode ser bancar parte do valor ou mesmo doar o equipamento. Inicialmente, o 'bolsa novela' integral, com doação, atingiria apenas os usuários do programa Bolsa Família". Folha

A medida poderia até caber (difícil, mas ok, estou tolerante) caso o dinheiro (alto) destinado à saúde, educação, segurança e geração de empregos estivesse bem distribuído, aplicado e com resultados positivos. Só que eu aprendi desde cedo que quando quero algo (ainda mais quando é alguma coisa supérflua) tenho que trabalhar pra tal. Ganhar algo supérfluo de mão beijada do governo, ainda mais quando é tirado de impostos que poderiam sem empregados em áreas bem deficitárias, me causaria nojo. Só eu que sinto cheiro de medida populista por causa das Próximas Eleições para presidente do Brasil, que acontecem em 2014, ano da Copa do Mundo no país?

Se bem que houve um tempo no qual a tv aberta Brasileira até tentava ser mais prestativa ensinando algo...

Quarta-feira de cinzas

"Carnaval é igual Walking Dead. Um monte de gente junta, fedendo a carniça e querendo comer todo mundo que vê pela frente".




















Olá você que não vai continuar pulando o carnaval até abril! Aqui tem uma das melhores imagens da festa brasileira mais famosa no mundo depois das chacinas balas perdidas arrastões notícias de corrupção no governo  .

Se você acha que é o único que não aguenta mais axé, surpresa! Uma dançarina, cansada de ouvir a tal cantora gralhando no seu ouvido as letras de música cheias de aaa-ôôô e outras vogais repetidas ad infinitum, desce o cacete na boca da pessoa levando-a a um quase knockout (exagero, admito, mas a vontade de que tivesse um "finish him" ali era grande).


A concorrente de Ivetão da fulana ali de cima, Cláudia Leitte (sim com dois TT - deve se achar um Audi) apronta sempre altas confusões com uma galerinha do barulho. A lista de gafes dela supera a de qualquer outra dessas que faturam milhões no carnaval em cima de otários que pagam abadás. A melhor imagem de LeiTTe é de um show (que nem era no carnaval) mas que eu adoro e ela deveria repetir sempre. Tenta sair do palco avuando mas sai girando mais que o pião da casa própria.















Outro highlight foi uma passista que estava no carro que teve que descer que bateu boca com o carnavalesco que... cansei de tentar explicar. Assista ao vídeo no site do G1 porque ele não permitem colocar aqui. Boa a desculpa da moça "pode ver no site Ego como eu vim em todos ensaios". Ego = lista de presença do profe.

E por fim, um dos meus gifs prediletos. É assim, o carnaval pode te derrubar mas o brasileiro não trabalha desiste nunca, levanta, sacode a poeira e cai de novo.

The Brazilian Chain Saw Massacre


Acontecia nos confins da pátria livre um tal de "Festival o mundo imaginário". Lá pelas tantas fode atola quebra um caminhão no meio do caminho e os civilizados participantes do festival começam a saquear a mercadoria do caminhão. O que acontece? Ideias? Alguém? A polícia aparece e dispersa os ladrões? O povo tem um lampejo de consciência decide não saquear mais o que não lhe pertence? Nãão! Se você disse: "o motorista sai armado com uma motosserra pra dissipar os saqueadores", parabéns, acertou. Non sense brasilis.
<3 motorista.

O brasileiro é o povo mais odiado da Internet





















Mais um texto não meu, mas como eu sou limpinho, cito a fonte lá em baixo.

"A raça mais odiada da Internet tem nome: Brasileiros. Não é questão de xenofobia – o repúdio dos brasileiros por outros povos na Internet é pela total falta de postura e ética no meio virtual. O comportamento baderneiro incomoda muitos povos, por isso que os brasileiros tem seu acesso restrito em diversos MMORPG, fóruns, sites, redes sociais, entre outros. Somos o povo mais irritante e troll da Internet.

O Orkut e Facebook são exemplos disso. Quando o Orkut era febre nos outros países, tudo era muito organizado, até que os brasileiros colocaram os pés nas terras googleanas. Foi um deus nos acuda, tamanha a bagunça que a rede virou. As comunidades de idioma inglês foram invadidas pelos brasileiros, que começavam a falar em português no meio de debates em inglês. Os gringos irritados com tanta bagunça mudaram-se para o Facebook. E assim foi até que os brasileiros também migraram para o Facebook e o “abrasileiraram” ( leia-se Orkutizaram ).

O reflexo dessa mudança canarinho já foi demonstrado na última pesquisa de ingresso e saída da empresa, que mostra a migração dos gringos para redes sociais alternativas. A invasão brasileira acabou se tornando ameaça para essas empresas da web por representarem grandes baixas nos países onde a empresa já possui determinado sucesso, levando a mesma proibir a nossa entrada com o intuito de manter o negócio.

Brasileiro enche essas redes de spam, de gifs que brilham, de páginas de humor, de páginas de p*#$, compartilham qualquer coisa a qualquer tempo. Embora não exista nenhum Código de Ética para Internet, o bom senso deve estar sempre presente. Assim, compartilhar no Facebook, por exemplo, a foto de um gato esquartejado ou algo do gênero não é legal, todo mundo sabe disso, exceto a massa brasileira".

Fonte

Brava gente

Pra eu dar um tempo nos textos longos e agradar a você, brasilhoense que tem preguiça de ler. O Blog Treta adaptou uma versão de uma mapa do Brasil com as piores estatísticas de cada estado (só uma?).

Tá com vontade de fazer xixi?

Vá ao banheiro, oras.

Uma câmera na mão


Muita coisa me irrita nesse vídeo. Desde a merda da falta de nivelamento do áudio ao bigodinho do cara que fala no começo. Mas a intenção e o certo conteúdo (desconsiderem alguns depoimentos vazios - como todo discurso de extrema esquerda) valem a publicação aqui.

Highlights:

Prestem atenção no quadro buni atrás do congressman - rá - Romário. Um primor da arte brasilis.

"Porto maravilha" #euri

Pelos depoimentos de uns parece que favela boa é favela dominada pelo tráfico.

E se você tiver paciência para chegar até o 7:24 dá pra dar mais uma risadinha com o gringo louco da cachola por ter vindo morar aqui dizendo que querem transformar a favela numa Beverly Hills ou num Bel Air. Rá. Deve estar consumindo dorga da forte lá em cima.

Confesso que depois disso parei porque minha paciência foi pro espaço.
















"It's going to become something like Beverly Hills or Bel Air"
















"What's wrong with that?" - Said Brenda Walsh
















"Fui lá no Siqueira fazer o pezinho De repente trombei lá no baile O Tate e também o Tatuzinho" - Said Donna Martin

No Iraque, é melhor


Matéria velha, mas ainda atual. Simplesmente porque se algo mudou por aqui foi pra pior. 

por Diogo Mainardi (se você odeia o Mainardi mesmo sem nunca ter lido nada dele só porque ele escrevia na Veja ou porque seus amigos da facul/ acadimia/ bar disseram que ele é o capeta encarnado,  clique aqui).

"No ano passado, o Brasil teve 44 663 assassinatos. O dado acaba de ser publicado pelo governo federal. No mesmo período, de acordo com o site do Iraq Coalition Casualty Count, a guerra no Iraque produziu 18 655 mortes. Os americanos alarmaram-se tanto com esse número que aceitaram mandar mais 30 000 soldados para lá. O resultado? As mortes diminuíram drasticamente"

A favela da Rocinha é uma "fábrica de produzir marginais". A frase é do governador Sérgio Cabral. Ele acrescentou que a Rocinha só vai parar de fabricar marginais quando o aborto for legalizado. Finalmente um político admite que o maior problema do Brasil é o brasileiro.

Na mesma reportagem, Sérgio Cabral comparou a Rocinha à Zâmbia. Até aí tudo bem. Ninguém discute que a Rocinha seja igual à Zâmbia. Espantei-me apenas quando ele comparou Copacabana à Suécia. E o Méier à Suécia.

Sérgio Cabral é nosso James Watson. James Watson, um dos descobridores da estrutura do DNA, declarou que o preto africano é menos inteligente do que o branco europeu. Anteriormente, ele já declarara que os estudos genéticos permitiriam abortar todos os fetos defeituosos. O governador do Rio de Janeiro descobriu o DNA da marginalidade entre os africanos da Rocinha e agora quer abortá-los. Segundo ele, ficaremos mais seguros. Ficaremos mais inteligentes também?

Uma semana antes de Sérgio Cabral apresentar suas teorias eugenistas, os policiais cariocas, a bordo de um helicóptero, mataram uns marginais no Morro da Coréia. A Secretaria de Segurança Pública explicou que seria difícil efetuar uma operação análoga nos morros da Zona Sul, porque "um tiro em Copacabana é diferente de um disparado na Coréia". Copacabana é a Suécia. Ali só vale o aborto em massa.

No ano passado (2006), o Brasil teve 44 663 assassinatos. O dado acaba de ser publicado pelo governo federal. No mesmo período, de acordo com o site do Iraq Coalition Casualty Count, a guerra no Iraque produziu 18.655 mortes. Os americanos alarmaram-se tanto com esse número que aceitaram mandar mais 30 000 soldados para lá. O resultado? Em fevereiro de 2007, quando as novas tropas desembarcaram no país, registraram-se 3 014 mortes. Em agosto, elas já haviam diminuído para 1.674. Em setembro, 848. Em outubro, até a última quinta-feira, morreram 531 iraquianos.

Consulto todos os dias o site do Iraq Coalition Casualty Count. Consulto todos os dias também o site do Iraq Body Count, onde cada confronto fatal recebe um código e uma ficha de ocorrência. A ficha k7633 relata a morte de um professor da universidade religiosa de Al Sadr. A ficha k7634 assinala dois cadáveres encontrados em Al Kifl. Os americanos parecem se preocupar mais com os assassinatos de iraquianos do que os brasileiros com os assassinatos de brasileiros.

Pior do que a idéia de Sérgio Cabral de abortar os marginais zambianos da Rocinha só mesmo o Pronasci, aquela idéia de Lula de dar um dinheirinho mensal aos marginais para evitar que eles cometam crimes. O programa foi apelidado de Bolsa Bandido ou Bolsa Pivete. Prefiro chamá-lo mais simplesmente de Bolsa Júlio Lancellotti.

Cedo ou tarde, o Iraque será pacificado e a autoridade local poderá comparar Al Kifl à Suécia. A Zâmbia de Sérgio Cabral e Lula continuará com seus 44.663 assassinatos. Se tudo correr bem.

Quem manda em quem?

No Brasil, país dos valores invertidos, funciona assim:

Bandido manda na polícia, polícia se caga de medo. Bandido apronta o que quiser, quando quiser e com quem quiser, inclusive com cidadãos comuns porque a polícia se caga de medo. Bandido manda e desmanda estando solto, livre, preso, em regime semi-aberto (piada pronta) no esgoto, na favela, na mansão ou na prisão. Tanto faz. E a polícia se caga. As leis frouxas ou são feitas também por bandidos (para protegerem a própria corja) ou, se não são feitas por bandidos, são feitas por retardados mentais completos. Só assim para deixar esse povo solto ou com poder mesmo quando presos. Acredito que no Brasil todo mundo envolvido com o cárcere, inclusive quem faz as leis sobre o cárcere, deve ter rabo preso. Rabo preso com a corrupção, com o tráfico de drogas (e com seu consumo) e também rabo preso com os presos.

Prova disso? Clique na imagem para ver o vídeo abaixo. E acreditem: o que é mostrado é somente a superfície palatável da realidade de quem manda nesse país.



Estaciono feito Idiota

Uma das (tantas) coisa que brasileiro faz mal pra caralho é estacionar como um imbecil. E nem acho que é por falta de perícia em fazer a tal da baliza ou parar dentro das faixas. O problema é babaquice mesmo. O mal inerente do "fodam-se os outros" que assola 98% dos brasileiros (estatística no estilo Silas Malafaia) é a causa do estacionamento imbecil. "Uma vez que parei meu carro fodam-se os outros, posso ocupar 3 vagas ao mesmo tempo, quem você acha que é pra mandar eu parar dentro das faixas?" - Resposta tradicional do brasileiro médio.































Veja todas as fotos no Jacaré Banguela

Poesia S2























fonte: https://www.facebook.com/PoetaIndelicado

Crônica

Este texto abaixo não é meu, mas quase que poderia ser.


Eu odeio o povo brasileiro

Definitivamente eu não gosto do povo brasileiro. Passo todos os meus dias pensando no por que o país é assim tão diferente daquilo que eu queria que ele fosse.

A resposta é óbvia. O povo não merece o país em que vive e que recebeu de mãos beijadas. O país em si, é grande, rico das mais preciosas matérias-primas, com uma população pequena em relação aos seus 8.5 milhões de km2, mas grande o suficiente para sustentar o desenvolvimento industrial, comercial e se tornar interessante para investimentos externos.


O país tem 9 mil km de praias, a ainda maior floresta do mundo, a maior bacia fluvial do mundo, montanhas, neve, deserto e não tem inimigos naturais além das suas mal controladas fronteiras. Por que o país é então o que é? A cada reflexão, a cada vez que me confronto com essa mesma pergunta, a resposta se torna cada vez mais óbvia. É duro, mas é a pura verdade. O pior do Brasil é o povo brasileiro.

Sei que isso causa espanto em 99% dos meus patrícios, alguns dirão que virei suíço, outros que não sou patriota e que é preciso amar a pátria acima de tudo. Onde consta que é preciso amar a pátria acima de tudo? O que foi que a pátria fez por mim para que eu a amasse? O que essa mesma pátria fez pelos meus pais, e avós e o que está fazendo pela minha filha?

Mas eu vou além. Dizer que ama o Brasil e cometer os mesmos erros e crimes que a maioria comete não é amar, é fingir que ama, é amar da boca para fora. Tenho uma visão diferente do que é amor, e é muito diferente dessa oportunista de bandeiras durante a Copa do Mundo, de e-mails com textos mentirosos dizendo que o Brasil é o que nunca foi. O melhor país do mundo.

Mentir para si mesmos e para os outros não é amor, é ilusão, é subterfúgio a triste realidade dos fatos.

Eu não consigo fingir que amo o Brasil, eu gosto de 5% da população brasileira, gosto de alguns poetas, alguns escritores, alguns músicos, alguns jornalistas, alguns atores, alguns trabalhadores, alguns empregadores, alguns atletas, alguns amigos, alguns parentes e só. Esse pequeno universo que me agrada no Brasil é muito pouco, não é suficiente para formar um país, para moldar uma sociedade honesta, decente, responsável, comprometida, informada, interessada, que deseja para o país, e para si mesmos as mesmas coisas que eu desejo.

Se fôssemos todos ao menos um pouco parecidos com o que tenho como necessário para viver em sociedade, o Brasil não seria o caos que é, o Brasil não seria o descaso que é, o Brasil não seria violento, corrupto, ineficiente, desigual, racista, preconceituoso, religioso, atrasado, sujo, escravista, aproveitador, oportunista e pernicioso. E se a maioria do povo brasileiro não tiver algumas dessas qualidades que citei, então a minoria má está vencendo, a minoria de maus brasileiros está fazendo valer seus interesses há 5 séculos e os bons estão apenas assistindo passivamente a destruição do que haveria de ser a principal potência do planeta.

E se essa suposta maioria de bem está apenas assistindo, então não é tão boa assim. É preguiçosa, indiferente, covarde, acomodada, impotente, incapaz de fazer valer seus valores, seus interesses, e fazer uso da sua suposta maioria para tornar o Brasil um país menos desumano. Se a maioria dos brasileiros não é o que eu acredito que seja, onde estão os bons? Onde estão os honestos, os capacitados, os homens e mulheres públicos e anônimos capazes de mudar esse país?

Estão diluídos em meio a massa pois infelizmente não são a maioria. É por isso que não paramos nos semáforos, não respeitamos datas, contratos, regras, leis, normas. Não respeitamos a vida, o meio ambiente, o próximo. É por isso que jogamos lixo nas ruas, furamos filas, falamos alto, matamos por dinheiro, por prazer, por saber que somos impunes. É por isso que destruímos o bem público, poluímos os rios, caçamos animais em extinção. É por isso que adicionamos água no combustível, soda cáustica no leite, farinha nos remédios, areia no material de construção, impostos aos impostos. É por isso que mantemos nosso povo ignorante e o obrigamos a votar, para fingir que somos uma democracia.

Todos os dias nos deparamos com absurdos tidos como aceitáveis, ou inevitáveis no nosso país. Nossos maus advogados nos impedem de fazer exame de sangue quando matamos atropelados inocentes nas paradas de ônibus. Nossos maus delegados nos deixam ir enquanto prendem ladrões de galinhas, nossos maus juízes nos absolvem dos nossos crimes, nossos maus médicos dizem que não podemos ser julgados porque não temos nossas faculdades mentais em pleno exercício, nossos maus eleitores votam nos maus políticos e comemoram a vitória sobre o adversário, como se ele fosse diferente do que acabamos de colocar no poder.

A cada reflexão, a cada questionamento me dou conta que definitivamente o povo brasileiro não é bom, não é acolhedor, não é amigo, não é parceiro, não é legal como foi dito durante décadas. Criamos mais uma das tantas mentiras que se tornaram verdade no nosso país. Mas a informação a toda hora, os twitters, as redes sociais, estão nos mostrando aquilo que todos sabiam e muitos queriam ignorar. Somos racistas, separatistas, preconceituosos, maquiavélicos em todos os nossos atos. Até mesmo aqueles que admirava-mos por não os conhecer na privacidade estão nos brindando com seu ódio pelos negros, pobres, nordestinos, homossexuais, do sul, do norte... Mas ainda assim continuam ídolos, afinal somos o país dos valores invertidos, onde o errado é o certo e o certo é otário.

Sim, o povo brasileiro é mau e vai te mostrar isso na primeira oportunidade que tiver de te passar a perna, de matar um turista, de trair um amigo, a esposa, o parceiro de negócios o aliado político, o irmão. Não temos pudor, vergonha, honra, medo, arrependimento. Não aceitamos crítica, não temos autocrítica, e para nós justo é aquilo que nos faz bem, que nos dá vantagem em tudo. De fato eu não gosto do povo brasileiro.

É duro, mas eu não gosto do povo brasileiro, não gosto do pornofunk, do pornoaxé, do pornoforró, das novelas, das religiosidade bitolada, da sujeira, das estradas esburacadas, dos aeroportos obsoletos, dos mortos nos corredores dos hospitais, de cheiro de xixi nos centros das nossas cidades, do transporte público inexistente, do bancos e seus juros criminosos, dos pobres e seu coitadismo dos ricos e sua ostentação provinciana, das putas de luxo apresentadoras de programas de TV, dos jogadores de futebol assassinos, dos pagodeiros traficantes, dos bispos e suas isenções fiscais, dos parlamentares mais caros do mundo, dos políticos e suas falácias, dos partidos e suas quadrilhas, do machismo, das marias chuteiras, dos caçadores de holofotes...

O pior de tudo é que sou um deles, tenho provavelmente muitos dos defeitos que critico nos meus conterrâneos, mas ao menos eu os tento combater.

Alguns tentarão justificar que outros povos são assim, que fulano e beltrano também têm os mesmos defeitos como se isso fizesse de nós um povo menos primitivo. Tentarão comparar o Brasil ao Sudão e dizer que estamos bem. Outros me jurarão de morte, alguns me amaldiçoarão como se isso os tornasse mais brasileiros. Outros em sua inocência dirão que temos praias lindas, mulheres bonitas, rios e florestas, como se a obra da natureza fosse mérito do homem.

Mas a verdade é que se o brasileiro não fosse o que acabei de dizer, o Brasil não seria o que é; pense nisso.
Ullisses Salles / Texto publicado originalmente no Recanto das Letras



Pau no cú do first

First post. Nada mais coerente que fazer um blog cagando com em homenagem a este país maravilhoso perto do carnaval. Época em que a sub-cultura é enfiada goela abaixo do povo, goste ou não. Época na qual é impossível não ver bundas e peitos de fora por mais que se tente. Época de alegria onde as famílias deixam a hipocrisia do dia a dia de lado e aceitam o festival de tetas passando às 2 da tarde na tv aberta (no resto do ano "Deus me livre, ligo pro Procon denunciando" - mas no carnaval tá tudo bem). Quem não tem a felicidade de ficar com a musiquinha da Globeleza impregnada na cabeça pelo menos por algumas infelizes horas durante esta época?

E não me venham com a ladainha que "Carnaval é uma porcaria porque o Brasileiro finge que está tudo bem e ignora os problemas reais". Esse discurso é pura merda. O Brasileiro finge que está tudo bem o ano inteiro. Não só no Carnaval. Ou alguém acha que depois da quarta-feira de cinzas todos voltam a ser politizados, educados, civilizados e conscientes? Claro, senta lá.

Amo esta foto. Ela resume quase tudo (eu disse quase) que é o Carnaval. Só faltava ter um cara mijando na rua logo ali atrás.